Desculpe o transtorno, preciso reclamar de 3%

Quem me acompanha aqui no blog - e to me sentindo O famosão falando isso - sabe que eu não posto crítica de nenhuma serie ou episódio qualquer, até porque, não acho que tenho envergadura MORAL pra tanto. PORÉM, depois da surpresa de 3% recém maratonada, me senti na obrigação de desabafar.

Senta que lá vem textão !!

Ainda tô tentando absorver o que eu acabei de assistir. Sério ! Não que eu estivesse com muita expectativa que 3% estreasse logo e fosse um marco nas nossas vidas, mas como sou fã das outras séries da Netflix, gostei de saber que teria uma legítima produção brasileira. A primeira produção brasileira na fucking Netflix!!! FODA !!  E obviamente, não esperava encontrar atuações de Kevin Space e Robin Wright, mas também jamais achei que fosse me surpreender tanto...

As atuações

Eu não entendo muito de arte cênica, muito menos estudei teatro ou cursos relacionados, mas será que foi só eu que assistiu os 8 episódios com a impressão que as cenas eram testes de elenco pra novela da Record, ou alguma mexicana que passa nas tardes do SBT? Falas decoradas, ações mecanizadas... parecia que os coadjuvantes receberam o texto em um dia e iriam apresentar a peça no dia seguinte. "VAI ASSIM MESMO !! É O QUE TEM PRA HOJE! ". Pode ser que a ideia principal fosse com os personagens caricatos mesmo, vai saber ? Sdds espontaneidade. Quem precisa dela pra atuar ?

O enredo

O texto não é ruim, muito pelo contrário. A premissa da história é muito boa, porém, eu tenho que comentar dois aspectos que me fizeram perder o foco e me distraíram por alguns momentos. Momentos esses que podem ter sido relativamente importantes na cena (HAuhauHAUhauhUA).

1) Eu não conseguia parar de imaginar que O Casal comentado tantas vezes fosse Dilma e Lula. POR DEUS !!! Não devo ter sido o único, não é possível ! Só me viam eles na cabeça !!! 

2) Esse papo de "lado de cá" e "lado de lá" eu só conseguia lembrar do Saulo da Banda Eva ou de qualquer outro cantor de axé, em cima de um trio elétrico no Carnaval de Salvador levantando a galera. E nada me fazia parar de pensar nisso.

♪  E DÁ UM GRITO AE ♪ 

Fotografia e Direção

POR FIM...

Decepção é a palavra que define 3%. Esperava mais, muito mais. Fico feliz por quem tenha gostado da serie, sinal que ela conseguiu atingir o que tinha planejado. Queria ter sido eu, mas, que pena !

E pra não falar que eu não pontuei nada positivo: admito que mandaram MUITO BEM em incluir Elza Soares na trilha sonora, além de alguém cantando uma das minhas músicas preferidas de Noel Rosa.

Não fiz as contas, mas acho que tirando uma base, devo ter feito 3% de elogios. Que irônico !

The Affair

Hoje quero chamar atenção pra uma serie com um tema muito delicado.. A traição !

A traição baseada em uma história, em que Nelson Rodrigues jamais colocaria defeito.

Nem Machado de Assis...

E principalmente todo restante de nós brasileiros, que somos tão familiarizados com o tema, graças aos nossos grandes intérpretes da MPB :

♥ Tô fazendo amor com outra pessoa, mas meu coração vai ser pra sempre seu... ♥

 ♥ Eu queria ser bem mais que amantes... ♥

Eu to falando de The Affair, sucesso de crítica e de público do canal estadunidense Showtime.

Na história, Noah (Dominic West) é um escritor, casado com Helen (Maura Tierney), pai de 4 filhos, que viaja para a casa dos sogros em Long Island. Lá, ele conhece a garçonete Alison (Ruth Wilson), casada com o rancheiro Cole (Joshua Jackson). Devido a constantes encontros pelo acaso (e outros nem tanto), Noah e Alison acabam se aproximando, criando um forte laço e, por fim, um caso extraconjugal. Tô certo ?

Ótimo !

Mas pouco se engana que a serie é apenas esse clichê que estamos acostumados a ver. A série vai muito além disso. O episódio é dividido em 2 partes e a narrativa é contada através das perspectivas e dos pontos de vista dos protagonistas, em que naturalmente, contam a história de acordo com que eles acham que ocorreu.

Nós então iremos perceber que um ato, uma frase ou um mínimo gesto que é mostrado na versão em que Noah nos conta, pode ou não ter acontecido na segunda parte em que a Alison é a narradora. Assim, faz com que nós nos posicionemos e tomemos partido de algum lado. É genial !

POR QUE VER ?

• Além dessa maneira peculiar que a produção nos apresenta, a história é um dramão familiar, ou seja, com muitos e muitos barracos. E barracos daqueles em que Casos de Família nenhum colocaria defeito.

• Pra quem não se lembra, The Affair entrou na seleta lista de Series para não ver com os pais. Portanto, já estão avisados !

• E por último, mas não menos importante : tem o Joshua Jackson.

A serie estreou há pouco sua terceira temporada, mas se você correr, consegue alcançar a história. Agora, para que você se apaixone de vez, te passo a abertura, que está na lista das minhas preferidas.

Tutankhamun

Antes de mais nada, SOLTA O SOM, MAESTRO ZEZINHO !!!

Hoje eu tenho uma dica quente pra vocês. Uma dica mais quente que o Egito queimando o Beto Jamaica.

Todo mundo tá careca de saber que gringo adora copiar brasileiro né ?

Pois é...

Desta vez, foi o canal ITV quem resolveu chamar o Ali Baba e misturar a Inglaterra com o Egito. E assim como o biquinho do peitinho da Carla Perez e a marquinha da calcinha da Sheila Carvalho, a mistura ficou muito boa e pra variar, lançaram mais uma obra faraônica !

Tutankhamun ( ou no nosso Brasilzão TU TA CA MAO) é uma minissérie curtinha, apenas com 4 episódios, e conta como o arqueólogo e egiptólogo britânico Howard Carter descobriu o túmulo do faraó Tutankhamun no século passado.

Por que ver ?

• Por ser baseado em uma obra real, nem precisa dizer que aumentará um pouco o seu nível cultural, né? Portanto, não direi !

• Apesar de não ter o Jacaré imitando uma cobra subindo, a minisserie fez bastante sucesso pro canal. 

• No final, tem uma surpresinha especial para os fãs brasileiros.

MENTIRA!

Então não perca mais tempo ! Mexa a barriguinha, sem vergonha, entre e conheça essa história. Só assim você vai ver e entender o porquê do Califa ter chegado ao Oasis e ter ficado todo molhadinho.

P.S : Como a gente era inocente, Meu Deus !

The Crown

God save the Queen !!

(NÃO, NÃO É ESSA NÃO !!)

(Tá, também, mas não é dessa que eu tô falando...)

(Agora sim !!)

Na última sexta-feira (04), a Netflix lançou a sua segunda produção mais cara até então. Superando o lendário Marco Polo, nosso canal de streaming preferido investiu US$100 milhões - e quem for de exatas, por favor, ajude este autor burraldo com a convenção pra real - na serie que conta a trajetória real da Rainha Elizabeth II.

=

Eu concordo, Vossa Majestade, eu também assustei, mas a equipe da serie está otimista com o sucesso. Tão otimista, que a proposta de seu criador Peter Morgan - o mesmo que escreveu o filme The Queen de 2006 - é contar ao longo de 6 temporadas, desde o casamento da então Princesa Elizabeth nos Anos 40, até os dias de hoje.

mas...

Por que ver ?

• Misturando fatos reais e ficcionais, The Crown mescla aspectos políticos com situações familiares ao longo da vida da atual rainha britânica, com muita veemência e carga dramática, longe de cair na pieguice.

 

• A serie é rica em detalhes técnicos de excelente qualidade, sem contar na preocupação da equipe até na questão dos figurinos, que além de serem aqueles majestosos de época, conseguem transmitir a personalidade de cada personagem.

• E vamos combinar que, uma serie feita pela NETFLIX, ser uma HISTÓRIA DE ÉPOCA e ainda por cima ter aquele SOTAQUE BRITÂNICO, não tem como dar errado, né ? Um tiro doeria menos.

A primeira temporada conta com apenas 10 episódios, que eu garanto que você assistirá tudo de uma vez e irá querer a segunda pra ontem. Que a maratona comece então!